quinta-feira, 8 de novembro de 2012
A Guerra de Botões
Depois de muito tempo finalmente consegui assistir "A Guerra dos Botões". O Cine Segal sempre ressuscita ótimos filmes, dessa vez me deu oportunidade de conferir um filme que há meses estava na minha lista. Dos mesmos criadores do "Pequeno Nicolau" que ganhou destaque no meu blog, esse francês promete a agradar crianças e adultos
Se trata de duas "gangues" rivais que se confrontam com frequência tentando provar quem é o mais forte, ambas formadas por crianças entre 5 a no máximo 12 anos. Liderados por Lebrac, o grupo mais pobre, tem sua missão colocada a prova quando uma garota tenta entrar no grupo, já que tradicionalmente, inclusive na gangue rival isso não é permitido.
Estamos falando da França no início do século passado, na qual havia divisão na escola, meninos em uma sala e meninas em outra, por isso o estranhismo com a chegada da menina. Claro que não falta figurinos e costumes de época, a maneira de como a sociedade era organizada, por exemplo a divisão do trabalho entre homens e mulheres.
Vale a pena assistir um infantil, que tem muita comédia e que esta fora do eixo Estados Unidos/Reino Unido. Guerra de Botões não deixa a desejar em nada em termos de roteiro e qualidade do elenco. Pena que não deve estar em cartaz a partir de amanhã que renova a programação. Tomara que esteja errado.
Nota 8
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Elefante Branco
Esse era um dos filmes mais esperados por mim e tive a oportunidade de assisti-lo hoje. Elefante Branco conta a história de 2 padres que tentam evangelizar uma favela em meio aos problemas corriqueiros de quem mora nesse aglomerado de pessoas, como miséria, violência, criminalidade, tráfico de drogas e total ausência do Estado. Contam com a Assistente Social Luciana, responsável pelo cadastro e inclusão da comunidade no programa habitacional em construção.
Muitos compararam com o cidade de Deus brasileiro. De fato imagens da favela, conflito entre gangues, violência, tudo isso esta presente, mas é bem diferente. Aparentemente utilizando a mesma locação durante todo filme, Elefante Branco é mais um grande filme protagonizado por Ricardo Darín e que utiliza uma temática pouco explorado pelo cinema argentino, ou pelo menos que chegam ao Brasil. Muitas semelhanças com as favelas brasileiras, os padres além de evangelizar, encaram as lideranças das diferentes facções, devido ao respeito que adquiriram, e tentam mobilizar a cúpula da igreja católica a uma atuação mais firme diante das autoridades
Outros padres estão na luta com Julian e Nicolas, e muita coisa chama atenção, desde questionamento sobre a vocação, impotência diante das dificuldades, e pra quem teve uma infância católica como eu, vai se lembrar da época de criança com as cenas de pessoas rezando terço, trechos da missa dominical, além de conhecermos um pouco mais sobre a realidade de uma favela argentina.
Excelente filme, recomendo, mas é muito forte, pra quem tem estômago, gosta de saber mais sobre a realidade muito próxima do Brasil e que não estão satisfeitos com a ausencia do Estado nas comunidades carentes
Nota 9
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Estreias 02/10/2012 a 08/10/2012
Olá a todos e a todas
Essa semana promete, longas de vários estilos estreiam essa semana: tem drama, comédia, nacional, animação, documentário, romance, suspense e até religioso. São 12 lançamentos sendo que 8 pretendo assistir e comentar. Claro, acho impossível ver em uma semana, porém os que me chamam atenção são: Elefante Branco, Astro - Uma Fábula Urbana em um Rio de Janeiro Mágico, 7 Dias em Havana, Frankenweenie e Laurence Anyways. A seguir os resumos e os motivos pelo qual separei os 5 filmes.
Elefante Branco é o filme mais esperado por mim, conta a história de 2 padres que trabalham dentro da favela de Vila Virgem na periferia de Buenos Aires. Além de evangelizar a comunidade, tentam fazer com que a cúpula da igreja católica se envolva mais com a comunidade que sofre com a miséria e com tráfico. Ideal para quem gosta de filmes alternativos, foi visto por mais de 800 mil argentinos, sinceramente muito por ser um drama. Filmado em uma favela da capital argentina, alguns comparam com o nacional "Cidade de Deus" de Fernando Meirelles.
O filme conta com o belga Jeremie Renier e com o excelente Ricardo Darin, ídolo na Argentina protagonista, entre outros, dos longas "Um conto chinês" e da obra prima "O segredo dos seus olhos", ambos ganharão minhas sinopses em breve.
Laurence Anyways, o personagem-título revela a sua namorada que irá fazer uma fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Mesmo contrariada a jovem o apóia e, juntos enfrentam as dificuldades e preconceitos. Uma coisa interessante é que o Diretor Xavier Dolan tem apenas 23 anos e esse é seu terceiro longa como diretor.
No documentário, 7 diretores se uniram para filmar a cidade de Havana, dentre eles Benício del Toro estréia na direção. Vale a pena pois Cuba é um país pouco retratado em longa e importante conferir e prestigiar o trabalho de Toro como diretor.
Astro - Uma Fabula Urbana em um Rio de Janeiro Magico, conta a história de uma sueca que vai ao rio receber uma herança. A atriz sueca Alexandra Dahlström foi uma das protagonistas do polêmico "Amigas de colégio"
para ganhar a vida, Mike trabalha como stripper em uma boate. Mas como é comum pra quem opta por uma vida fácil, sua ideia é abrir um negócio e abandonar essa carreira. O roteiro é baseado na história real do ator principal Channing Tatum
Conta a história de um garoto que tenta ressuscitar seu cão. Sparky é inspirado em Pepe, vira lata do diretor Tim Burton que morreu durante a sua infância. Essa animação foi muito bem recebida pelos críticos.
Essa semana promete, longas de vários estilos estreiam essa semana: tem drama, comédia, nacional, animação, documentário, romance, suspense e até religioso. São 12 lançamentos sendo que 8 pretendo assistir e comentar. Claro, acho impossível ver em uma semana, porém os que me chamam atenção são: Elefante Branco, Astro - Uma Fábula Urbana em um Rio de Janeiro Mágico, 7 Dias em Havana, Frankenweenie e Laurence Anyways. A seguir os resumos e os motivos pelo qual separei os 5 filmes.
Elefante Branco é o filme mais esperado por mim, conta a história de 2 padres que trabalham dentro da favela de Vila Virgem na periferia de Buenos Aires. Além de evangelizar a comunidade, tentam fazer com que a cúpula da igreja católica se envolva mais com a comunidade que sofre com a miséria e com tráfico. Ideal para quem gosta de filmes alternativos, foi visto por mais de 800 mil argentinos, sinceramente muito por ser um drama. Filmado em uma favela da capital argentina, alguns comparam com o nacional "Cidade de Deus" de Fernando Meirelles.
O filme conta com o belga Jeremie Renier e com o excelente Ricardo Darin, ídolo na Argentina protagonista, entre outros, dos longas "Um conto chinês" e da obra prima "O segredo dos seus olhos", ambos ganharão minhas sinopses em breve.
Laurence Anyways, o personagem-título revela a sua namorada que irá fazer uma fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Mesmo contrariada a jovem o apóia e, juntos enfrentam as dificuldades e preconceitos. Uma coisa interessante é que o Diretor Xavier Dolan tem apenas 23 anos e esse é seu terceiro longa como diretor.
No documentário, 7 diretores se uniram para filmar a cidade de Havana, dentre eles Benício del Toro estréia na direção. Vale a pena pois Cuba é um país pouco retratado em longa e importante conferir e prestigiar o trabalho de Toro como diretor.
Astro - Uma Fabula Urbana em um Rio de Janeiro Magico, conta a história de uma sueca que vai ao rio receber uma herança. A atriz sueca Alexandra Dahlström foi uma das protagonistas do polêmico "Amigas de colégio"
para ganhar a vida, Mike trabalha como stripper em uma boate. Mas como é comum pra quem opta por uma vida fácil, sua ideia é abrir um negócio e abandonar essa carreira. O roteiro é baseado na história real do ator principal Channing Tatum
Conta a história de um garoto que tenta ressuscitar seu cão. Sparky é inspirado em Pepe, vira lata do diretor Tim Burton que morreu durante a sua infância. Essa animação foi muito bem recebida pelos críticos.
Documentário que mostra os compositores de Bezerra da Silva, nem todos viviam apenas da música, tem carteiros, biscateiros, pedreiros, etc retratando o universo da malandragem carioca.
Fonte: Guia da Folha 02/10/2012 a 08/12/2012, parte integrante do Jornal Folha de São Paulo do dia 02/10/2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Gonzaga de pai pra filho
ola
Hoje fui ao cinema com a intenção de assistir 007, porém ao chegar verifiquei que a versão era dublada. Pra quem não sabe, um amante do cinema faz questão de assistir legendado por acreditar que o som original é mais perfeito e não abafado que o dublado. Não tive dúvidas, deixei de lado para ver Gonzaga, de pai pra filho. Embora tenha trocado um filme de ação por um drama nacional baseado em fatos reais posso garantir, não me arrependo nem um pouco. Pois minha intenção no inicio da semana era ver os dois.
Talvez, pra quem tem apenas curiosidade de saber da história de duas feras da música nacional (assim como eu), vai imaginar que o longa vai contar a trajetória de sucesso e o lado bom da vida de Gonzagão, o rei do baião, e Gonzaguinha, seu filho. Mas engana-se, trata da conturbada história entre os dois. Os momentos mais felizes fica por conta das músicas e sobram momentos tristes como a dificuldade financeira no início da carreira e, principalmente, as constantes brigas desses monstros sagrados da música nacional.
Eu diria que, pra quem conhece pouco sobre os Gonzagas, como eu, pode achar que as primeiras músicas que aparecem no longa seja o lado b do gonzagão. Quem conhece pode identificar logo de cara, mas os grandes sucessos também estão presentes, "Asa Branca", o grande hit e hino do nordeste, aparece na metade do filme, e não muito tempo depois "vida de viajante" da o ar da graça e é impressionante como esses clássicos emocionam mesmo ja tendo ouvido centenas de vezes.
Eu que sou fã de rock´roll e MPB, defendo que devemos sempre prestigiar quem fez a história da música nacional ainda mais quem passou pela época da ditadura, pois abriu as portas para todos os estilos, lutando contra tudo e contra todos e, muitas vezes, arriscando a própria vida. Lembrando que o ator que faz o Gonzaguinha ficou quase que idêntico ao original.
Indispensável pra quem quer saber um pouco mais sobre uma parta da história da música brasileira e viajar pelo nordeste e rio de janeiro nos anos 40 e 50, sempre uma nostalgia para ver os costumes, figurinos e carros da época.
Nota 8
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